12/09/2016

Teoria dos afetos

Os afetos são algo de complexo. Não só como os sentimos, por quem os sentimos, mas também como os outros sentem o nosso afeto.
Às vezes, os afetos mais profundos estão escondidos sob carapaças de aparente indiferença ou frieza, seja por questões de temperamento, seja por medo de nos expormos ao revelar esse afeto.
E, por estar assim disfarçado, parece às vezes nem existir, revelando-se, apenas aos olhares mais atentos, nas atitudes de quem o sente.
Quantas vezes só sentimos o afeto de alguém quando este se revela num momento de necessidade?
E quantas vezes só o demonstramos também quando vemos que aquela pessoa precisa de nós, do nosso apoio, do nosso carinho e esquecemos então o medo e a vergonha e estamos lá, para o que der e vier!
Precisamos também das palavras para sentirmos o afeto, mas não são só as palavras que demonstram o afeto, mas também as atitudes. O apoio incondicional, a presença quando mais faz falta, o conselho precioso no momento necessário.
Não, os afetos não são algo simples, porque os sentimentos nunca o são.

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